domingo, 21 de junho de 2009

Viajante

Estava como mochileira numa estrada desconhecida, em minha bagagem apenas liberdade. Eu tinha ideais e idéias. Minha mente não cabia numa casa, numa cidade e sim no mundo. Em minha volta faltavam mentes parecidas. E do meu lado, quem me entendesse. Talvez essa pessoa era apenas obra das fases leves do meu sono. Era douçura de uma mente encantada pelos contos dos séculos XIX e XX. Como menina que espera Dom Quixote voltar, assim eu era a aguardar. E depois de viradas do sol e alguns dias de chuva, com minha mala inseparável, alguém me perguntou a hora. Não entendi o acaso de sua aparição, também não poderia lhe informar as horas... o tempo já não me importava. Eu encontrei a eternidade no teu sorriso. Naquele crepúsculo nossas malas representavam tudo o que tínhamos: mentes livres. E nossos sangue era pulsado pelos mesmo motivos. Com teu doce encanto eu desenhei meu filme e realizei em você a fotografia sensitiva do teu olhar. Não temos uma música, também não sei se dançarei contigo ao som de uma. O mesmo sol que te trouxe, pode iluminar outro lugar, mas não levará consigo meu sonho te ser com você.

2 comentários:

  1. Você tem uma sensibilidade genuína Carla! Continue assim sempre!

    Bjs
    Hallison.

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  2. O acaso é o maior brincalhão para os viajantes e errantes da vida. O problema de andar por estradas desconhecidas, é que geralmente elas são tortuosas.
    A gente encontra sorrisos e sorrisos, uns nos agradam mais pelo fato de serem agradados pelos nossos, e então como um bom par de libertários o acaso arma tramas que nos fazem pensar: Por que nesse tempo.
    Infelizmente cavalheiros andantes não param de andar...

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