segunda-feira, 22 de junho de 2009

domingo, 21 de junho de 2009

Viajante

Estava como mochileira numa estrada desconhecida, em minha bagagem apenas liberdade. Eu tinha ideais e idéias. Minha mente não cabia numa casa, numa cidade e sim no mundo. Em minha volta faltavam mentes parecidas. E do meu lado, quem me entendesse. Talvez essa pessoa era apenas obra das fases leves do meu sono. Era douçura de uma mente encantada pelos contos dos séculos XIX e XX. Como menina que espera Dom Quixote voltar, assim eu era a aguardar. E depois de viradas do sol e alguns dias de chuva, com minha mala inseparável, alguém me perguntou a hora. Não entendi o acaso de sua aparição, também não poderia lhe informar as horas... o tempo já não me importava. Eu encontrei a eternidade no teu sorriso. Naquele crepúsculo nossas malas representavam tudo o que tínhamos: mentes livres. E nossos sangue era pulsado pelos mesmo motivos. Com teu doce encanto eu desenhei meu filme e realizei em você a fotografia sensitiva do teu olhar. Não temos uma música, também não sei se dançarei contigo ao som de uma. O mesmo sol que te trouxe, pode iluminar outro lugar, mas não levará consigo meu sonho te ser com você.

domingo, 14 de junho de 2009

Respire e viva.

Era um garoto
Que como eu
Amava os Beatles
E os Rolling Stones..
Girava o mundo
Sempre a cantar
As coisas lindas
Da América...
Não era belo
Mas mesmo assim
Havia mil garotas à fim
Cantava Help
And Ticket To Ride,
Oh! Lady Jane and Yesterday...
Cantava viva, à liberdade
Mas uma carta sem esperar
Da sua guitarra, o separou
Fora chamado na América...
Stop! Com Rolling Stones
Stop! Com Beatles songs
Mandado foi ao Vietnã
Lutar com vietcongs...
Ratá-tá tá tá...
Tatá-rá tá tá...
Ratá-tá tá tá...
Tatá-rá tá tá...
Ratá-tá tá tá...
Tatá-rá tá tá...
Ratá-tá tá tá...
Era um garoto
Que como eu!
Amava os Beatles
E os Rolling Stones
Girava o mundo
Mas acabou!
Fazendo a guerra
No Vietnã...
Cabelos longos
Não usa mais
Nem toca a sua
Guitarra e sim
Um instrumento
Que sempre dá
A mesma nota
Ra-tá-tá-tá...
Não tem amigos
Nem vê garotas
Só gente morta
Caindo ao chão
Ao seu país
Não voltará
Pois está morto
No Vietnã...
Stop! Com Rolling Stones
Stop! Com Beatles songs
No peito um coração não há
Mas duas medalhas sim....
Ratá-tá tá tá...
Tatá-rá tá tá...
Ratá-tá tá tá...
Tatá-rá tá tá...
Ratá-tá tá tá...
Tatá-rá tá tá...
Ratá-tá tá tá...
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Quantos precisarão morrer para entendermos nosso papel de juventude transformadora do mundo? Nossos vinte e poucos anos estão perdidos nos afazeres e nos compromissos dos adultos. Não sonhamos mais porque não temos tempo. Não nos apaixonamos mais porque isso é fraqueza. Não visitamos família porque eles podem esperar mais um pouco. Não somos felizes porque nossa juventude nunca existiu... Até onde?